terça-feira, 11 de agosto de 2009

E MORRE A ESCOLA*

Assisti a um filme chamado "DÚVIDA" que tem como um dos temas a rigidez de uma instituição de ensino. O filme "Sociedade dos Poetas Mortos" também aborda a rigidez das escolas. Para nossas instituições de ensino, o filme que melhor retrata é "Carandiru". Simples, a escola perdeu a sua principal função; a de educar. No meu tempo, há trinta e dois anos atrás, a escola era a extensão de nossos lares. Todos faziam filas no pátio para cantar o Hino Nacional e só depois iam para a sala de aula. Quando o diretor entrava na sala, todos ficavam de pé. Havia quermesse, havia gincanas, havia concurso e também havia aula de Educação Física. Todas as datas, como o dia do índio, dia da árvore e dia do folclore, eram comemoradas. Havia feira de Ciências e noções de Civismo.
Hoje, meu Deus, alunos até batem em professores. Não se preocupam, porque na maioria dos casos, não repetem de ano. Não existem mais as provas mensais e bimestrais. Não há mais lição de casa. Os professores perderam o interesse em educar, em preparar. A escola hoje é como um presídio onde os alunos têm direito de sair para dormir em casa. Como a prisão que tem a função de recuperar o criminoso, a escola teria a função de preparar o aluno para um futuro decente.
O que vemos são escolas sem regras, onde os alunos podem fumar, desde cigarros até maconha. Alunos podem entrar de boné, de chinelo, bermuda, de top, mini saia, shorts. Horário de seis aulas programadas, apenas três ou quatro são dadas por dia. Brigas na saída da escola, quase todos os dias. Drogas na porta da escola sempre. Que saudades do meu tempo de escola. Se eu soubesse, teria tirado muito mais proveito.

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