São Paulo, 17:30.
Praça da Sé - Região Central
Ondes todas as zonas se encontram.
Leste, Oeste, Norte e Sul.
Todo mundo querendo chegar. Todos com aquela pressa louca de chegar.
Mulheres que ficaram nas filas dos hospitais com seus filhos, idosos que ficaram nas filas do posto do INSS, estudantes indo para a faculdade, estudantes indo para casa, trabalhadores de todas as classes. Todos num bolo, num massa, num aglomerado.
Fizeram as cancelas que filtram os usuários, obrigando todos a manter a ordem.
Mas a necessidade de chegar é enorme. A pressa é grande demais.
Pessoas se matam, se atropelam, empurram, se pisam, se batem e entram nos vagões que já chegam lotados. Quando vem vazios é pior ainda. Passam por cima de tudo. Todos cansados, suados, amargurados, cheios de problemas, famintos, exauridos.
Não existem sexo, idade, raça, cor, credo. Homens empurrando. Colocam os cotovelos nas costas e sai da frente. Mulheres sem privacidade e por aí.
Tudo, para que todos cheguem salvos em suas casas.
Uma solução prática e simples. ACABAR COM OS ASSENTOS em todos os vagões. Todos em pé. A viagem não demora muito. Todos teriam a mesma igualdade. Claro que haveriam vagões especiais para aposentados, deficientes estes sim com assentos e seguranças. Acabaria o empurra-empurra. Acabaria a pressa.
Pedir educação com mega-fone na estação Sé as 17:30 é desafiar a lógica.
Outro ato extremado seria mudar os horários de entrada e saída das empresas na região central. Cada segmentos com horários diferentes... Que absurdo... Bastava a prefeitura melhorar o transporte de superfície. Melhorar os ônibus, acabar com as lotações... Viajei...
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